Filipe Nyusi continua retido em Bissau
O antigo Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, que lidera a Missão de Observação Eleitoral da União Africana na Guiné-Bissau, continua retido no país após o golpe militar anunciado na quarta-feira.
Os militares guineenses ordenaram o encerramento das fronteiras “até nova ordem” e todos os voos foram cancelados, impossibilitando a saída de delegações internacionais.
No momento em que se ouviram disparos no centro de Bissau, Filipe Nyusi encontrava-se reunido com a candidatura presidencial de Fernando Dias, principal opositor de Umaro Sissoco Embaló. Segundo Dias, a equipa estava a apresentar aos observadores internacionais atas que, segundo a sua candidatura, comprovam a vitória na primeira volta das eleições.
“Foi então que fomos surpreendidos com disparos. Um grupo de militares da Presidência tentou deter-nos diante dos observadores, mas os nossos jovens intervieram e impediram a nossa detenção”, relatou Fernando Dias, em declarações à DW África.
As autoridades militares ainda não confirmaram quando as fronteiras serão reabertas, enquanto o clima político permanece tenso em Bissau.