A cidade de Chimoio, na província de Manica, está em choque com a morte trágica de Ariel Bruno, um jovem estudante de 25 anos, espancado até à morte na tarde de quarta-feira (25) por um grupo de moto-taxistas. Ariel era finalista do curso de Zootecnia no Instituto Superior Politécnico de Manica (ISPM) e, segundo familiares e colegas, foi vítima de uma acusação falsa, supostamente motivada por uma disputa amorosa.
Relatos indicam que, no dia anterior ao crime, Ariel envolveu-se num desentendimento com um moto-taxista, após ambos se relacionarem com a mesma mulher. Na sequência do conflito, o motoqueiro teria espalhado entre colegas que Ariel era ladrão de motorizadas — uma acusação nunca comprovada.
No dia seguinte, Ariel foi reconhecido por um grupo de moto-taxistas no centro da cidade. A partir daí, foi violentamente agredido, num ato de justiça pelas próprias mãos, que se estendeu por vários quarteirões. A agressão culminou no Mercado 38, onde Ariel não resistiu aos ferimentos, diante da passividade de vários transeuntes e da ausência de intervenção imediata da polícia.
“Ariel não era ladrão. Era um estudante exemplar, com sonhos e metas. Isso não pode ficar impune”, lamentou um colega do ISPM, profundamente consternado.
A Polícia da República de Moçambique (PRM) confirmou a ocorrência e informou que estão em curso diligências para identificar e responsabilizar os autores do homicídio. Ariel Bruno será sepultado na manhã deste sábado, no cemitério de Chissui, em Chimoio.