Durante a madrugada desta quarta-feira (18), no horário local, Israel conduziu uma operação aérea de larga escala contra alvos militares no Irã, envolvendo mais de 50 aeronaves, segundo comunicado das Forças de Defesa de Israel (FDI).
De acordo com as FDI, os bombardeios tiveram como foco instalações ligadas à produção de mísseis e centrífugas utilizadas no programa nuclear iraniano. Os alvos incluíam estruturas voltadas para a fabricação de mísseis terra-terra e terra-ar, localizadas na região de Teerã.
Israel afirma que um dos objetivos principais foi uma instalação de produção de centrífugas, com a intenção de atrasar o que chama de “programa iraniano de desenvolvimento de armas nucleares”.
"O regime iraniano continua enriquecendo urânio com fins bélicos", afirmou um porta-voz militar israelita, justificando os ataques como uma resposta preventiva às atividades nucleares do Irã.
No entanto, há divergências entre aliados sobre essa avaliação. Autoridades de inteligência dos Estados Unidos têm, repetidamente, apontado visões diferentes da israelense. Em março deste ano, a diretora de Inteligência Nacional dos EUA, Tulsi Gabbard, afirmou em audiência que, segundo a análise das agências americanas, o líder supremo do Irã, Ali Khamenei, não teria dado sinal verde para a retomada do programa de armas nucleares desde sua suspensão em 2003.