
Mais de dois anos após a morte do jovem artista Macassar Abacar, conhecido por “Cebolinha”, a família ainda aguarda respostas concretas sobre o que realmente aconteceu nas celas da 3.ª Esquadra da Polícia da República de Moçambique (PRM), em Maputo.
O caso ocorreu em 28 de julho de 2023, quando “Cebolinha” foi detido com saúde e, em menos de 24 horas, foi encontrado sem vida.
Em abril de 2024, a então Procuradora-Geral da República, Beatriz Buchili, declarou perante a Assembleia da República que não houve homicídio, justificando o encerramento do processo número 615/2023 com base num exame pericial que apontou morte natural.
No entanto, o Centro para Democracia e Direitos Humanos (CDD) contesta essa conclusão, defendendo que a informação não foi esclarecedora e pedindo um novo processo autónomo contra o chefe das operações e os agentes da PRM de serviço na noite da morte.
A família e organizações de direitos humanos continuam a exigir transparência e justiça, afirmando que o caso de “Cebolinha” simboliza a falta de responsabilização nas mortes sob custódia policial em Moçambique.
Fonte: Centro para Democracia e Direitos Humanos (CDD)
Foto: Arquivo / CDD Moçambique